sexta-feira, 15 de julho de 2011

DITADURA INVISÍVEL 1

NASCIMENTO E MORTE DE UMA ILUSÃO


 NÃO POSSO MUDAR O MUNDO; 
SOU APENAS UMA GOTA NO OCEANO,
MAS MEU GRITO HÁ DE SER COMO O ESTRONDO DA ONDA NA ROCHA 




Por pouco não cai nas garras da polícia por me indignar quanto à falta de sensibilidade e respeito aos indivíduos pobres.


"IDENTIFIQUE-SE"!!!. 

A "ordem" partiu do soldado Nascimento da PMMG, (18º batalhão?) ele não estava ali prá conversa e sim para "cumprir ordens" e me exaltei -"surtei" - com tamanha prepotência do soldado que já me pedia os documentos, enquanto manuseava as algemas, a brilhar no cinturão de couro, que traz sua arma.
Um velho demente, coloquei-me na pele dos que sofrem as arbitrariedades do poder, comercializando alimentos caseiros a pedestres, funcionários e carentes de cuidados de saúde, que afluem aquele logradouro.
"Melhor seria vender maconha!" bradei irado pois me sinto ultrajado pela justiça de um país que só visa os pobres (materiais), ocultando os crimes contra a nossa dignidade de cidadãos honestos. Recusei a me identificar, o que outorga ao poder policial o direito de supor que o outro é bandido? Daí, ouvi a ameaça de prisão daquele soldado, que poderia ser mais preparado para lidar com pessoas em público, ainda mais se tratando de um lugar de assistência médica.


 O agente, fiscal da Prefeitura de Municipal de Belo Horizonte, transferiu aos dois soldados da Polícia Militar de MG, as responsabilidade sobre seu ato, que considerei arbitrário, abusivo "... um roubo contra um trabalhador, que transgride a Lei por não recolhe os impostos, numa ato de "impostura", embora a qualidade de seus produtos e serviços seja melhore de que a de outros comerciantes; e seu caráter, exemplar, cordial, brasileiro, bem diferente do que vemos no país da corrupção consentida, da mentira sob o tapete dos palácios, do abuso de poder e a opressão sobre os  que não são têm nada, e a "vista grossa" aos que desfrutam dos benefícios políticos de mandatários políticos; estes não serão importunados pelo poder público, que os servem.


Não conta aqui o lanche caseiro e o café fresquinho que o trabalhador oferece ao público do SUS, Padre Eustáquio. Não importam aqueles breves instantes de gentileza do trato comercial, num espaço que não possui cantinas e nem oferece o "café da saúde".


Há!!!... não fôsse minha velha mania de enxerido, nata em jornalistas de berço, mania de querer intervir, ajudar as pessoas humildes e questionar as injustiças e desmandos dos poderes que emanam das ditaduras AUTORITÁRIAS, que a globalização trouxe com o neoliberalismo ( Estado e Poder são distintos e cumprem funções que, na maioria das vezes, estão em desarmonia). 


A burocracia emperrada encontra no poder de polícia sua retaguarda contra o povo, que apanha, vai preso e até "toma tiro" se protestar contra a precariedade dos sistemas públicos (transporte, saúde, educação e segurança).


A CENA: 
Personagens: um jornalista, mestre, professor, des-empregado, em visita à farmácia de um posto de saúde pública, para receber a medicação contra a corrosiva "depressão" que o afasta do convívio social; dois policiais militares, fardados, armados, com algemas a brilhar na cintura, de sentinela, e um agente da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte,  apreendia cadeiras e objetos como caixa de isopor contendo salgados, sucos, café, leite, balas etc, pertencentes a um jovem cidadão, amigo de todos que passam por ali, em busca de atendimento (socorro) no Posto de Saúde Carlos Prates, de onde teria partido a denúncia contra o jovem, que naquele momento, servia lanches e sucos a funcinári@s no interior do Posto de Saúde; o que a prefeitura não faz: ele um fora da lei de posturas públicas enquanto a prefeitura cumpria seu papel de "lôbo em pele de cordeiro" ao garantir a "ordem" e a limpeza do passeio público, passagem de doentes, transeuntes, enfim, pessoas indignas de exercer o papel de cidadão e usufruir os benefícios dos impostos pagos em dia, que somem pelo ralo da corrupção endêmica no poder público. 


"os espíritos têm o direito de exercer o seu 
lívre arbítrio perante deus"

O prédio do SUS ocupa todo o quarteirão, que dá frente para a rua Padre Eustáquio e o Posto de Saúde esta alocado em reduzido espaço físico deste prédio. A administração busca se adaptar às precariedades físicas e estruturais frente ao aumento das demandas de sua rotina. O público clama pela adequação das instalações físicas (salas de espera, consultórios e banheiros públicos equipados)  e presença maior de profissionais especializados para atender à demanda crescente dos serviços públicos de saúde. 

O enfrentamento das dificuldades, como jornalista des-empregado, blogueiro, mestre, cidadão brasileiro com vivência nos lides da vida, quase se esvairam naquela tarde de sexta, 16 de julho de 2011. Me senti um tolo a lutar pelos pobres, se crucificaram Cristo por não conhecerem o amor ao próximo há mais de 2 mil anos, o que farão de alguém que resiste às arbitrariedades de nosso ESTADO POLICIAL, astuto, gaiato, hipócrita que se omite no combate à corrupção, em troca de ganhos e favoritismos políticos, em assembléias e câmaras legislativas de um Estado campeão em arrecadação de impostos públicos e de índice de pobreza e indigência da população pobre, miserável, cidadãos que contribuem com o suor do trabalho e a fé cega na justiça que aflora dos jornais, da mídia ditatorial, parceira dos cidadãos, políticos e policiais corruptos. 


Pequena, obscura ante a moral e a ética mundial, fica comprometida a imagem do Brasil, "gigante pela própria natureza", o que nos faz calar, drogados, cinestesiados pela tv, futebol, sexo e rock'n rool; homens e mulheres, insones zumbis, dopados de remédios distribuídos pelo governo,  a correr dos assaltantes e a temer a polícia e suas balas perdidas.

Na prática não temos o direito à Segurança e nem à   Educação Pública de qualidade e talvez percamos o direito à Saúde Pública, se o sistema político se mantém encastelado em seus vícios e incompetência (apadrinhamento, conchavos políticos, suborno, etc.) olhando o povo do alto, privilegiando as elites endinheirada e massacrando a massa, o populacho que edifica prédios, varre as ruas, retira lixos e, desterrados, naufragam nos becos, praças e ruas,  mendigos que sobrevivem do lixo e da bondade alheia, drogados nas madrugadas sinistras da cidade enlouquecida.


A descompostura do jovem era por não pagar o imposto devido: não ter o registro na prefeitura. A presença do ser humano é anulada pelas garras da lei, que "é igual para todos e mais igual para alguns". Com sua simpatia e bom humor ele anima o público  (chegou até a montar uma tenda para proteção do sol; mandaram retirar, ele obedeceu); a higiene de suas mercadorias é impecável como  seu guarda pó branco. 

Se, como tantos outros jovens que não tiveram acesso à Educação de qualidade, este tivesse optado pela transgressão das drogas, seria mais um dos milhares a ocupar o noticiário da imprensa nacional. Quando no Brasil ocuparemos um NÍVEL inteligente de investir em ações política e sociais de prevenção? 


Será que os atuais dirigentes desta nação têm interesse em alfabetizar pelo encantamento com o emprego da tecnologia e da inteligência a serviço da humanidade? 

Escuto o velho Karl Marx: "A cada um, de acordo com sua capacidade e a todos de acordo com suas necessidades". Utopia, que os marxianos dogmatizados petistas, tucanos, verdes ou amarelos, pintam em suas bandeiras políticas de luta pelo voto em tempo de eleições; depois, fica tudo como está, com algumas melhorias nas aparências da "vitrine" Brasil, como as melhorias que pretendem trazer o foco e o brilho global da Fifa para o Brasil  com a realização da Copa de Futebol de 2012.


A jornalista


Ao registrar com a lente de seu celular as imagens da cena grotesca de arbitrariedades e abuso de autoridade e poder, uma jovem, que sonha em ser Jornalista, testemunhou aquela cena ao registrar aquelas imagens como "sujeito da história", na contingência de sua exibição na TV do povo, que pode até ser a internet. A reação de observador comprometido com a realidade daquela jovem acendeu a chama da esperança na juventude revolucionária, que tem sido tênue nesses 30 anos de jornalismo, produção de televisão, oficinas pedagógicas de leitura, produção e edição de imagens em Escolas Públicas e Universidades, que me aproximam da competência do estudo das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), na formatação do espaço público do conhecimento, da liberdade aprendiz do pensar livre, signo da juventude, do velho, que pensa que sabe o que a criança sabe que sabe.

O Corpo de Bombeiros nos salva e acalma 
ante catástrofes e acidentes; 
a Polícia intimida, reprime e faz da violência um código de postura pessoal, valor que muitos jovens trazem para sua realidade.

Quem é mais necessário numa sociedade justa?
"Polícia para quem precisa de polícia!" Arnaldo Antunes
Nas sociedades avançadas a polícia aproxima-se da ciência e do equilíbrio de forças, atuando na proteção dos bens dos indivíduos. 
Quanto menor o índice de criminalidade maior a eficácia da polícia e menor a falência da sociedade.
Lembro-me que em Tóquio os policiais são escalados por quarteirão, convivem, conhecem e interagem com a população.


O FATO: Num final da tarde, ao me dirigir à famácia do PSCP assisti uma cena de violência contra a pessoa humana. Um fiscal da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte apreendia todos os pertences de um vendedor de alimentos, assistido por dois PMs. 
Ao manifestar meu protesto vi comprometida minha inteligência emocional, já vulnerável pelas imagens de um passado sangrento, de botas e fuzis de militares nas ruas, fui obrigado a me identificar aos policiais, como um delinqüente;  para averiguações. Com o nada consta do outro policial, ainda tive minha identidade arrancada do bolso da calça pelo policial que, insatisfeito por não me prender, mandou o colega registrar um "B.O." e em seguida, irônico, me liberou para ir ao meu destino: a farmácia do PSCP, naquela hora, já quase fechada. O soldado Nascimento disse estar "surpreso com sua calma em não me prender", enquanto mexia nas algemas do cinturão bélico. 


Sai daquela tarde com os nervos à flor da pele,  pensando na liberdade de não depender dessas drogas contra a depressão, que nos sujeitam à perda  do juízo, à demência calma do não pensar.

Em casa, na calmaria do lar, pude refletir, e blogar essa história; comuniquei-me com a PMMG pelo telefone 190, em que recebi um pedido informal de desculpas por parte de um gentil policial, que orientou-me a procurar a justiça nos tribunais da polícia militar; mas entendi que o melhor era por um ponto nessa história e também, o gentil militar, do outro lado da linha telefônica, me informava que aquela conversa  estava sendo gravada e, então, pude registrar minha indignação e talvez, quem sabe, o tema chegue a outros ouvidos que saberão ouvir os reclames de um velho jornalista, cidadão, pai e avô, que ainda luta contra a angústia destes tempos hipócritas, em que prevalece o Direito da força (corupçao etc) e não a força do Direito (Justiça), comum aos povos civilizados do Primeiro Mundo, o dos ricos.

Fica uma pergunta: 


- Não seria a revolta, tatuada nos corpos atléticos dos jovens "sarados", bem como o avanço da delinqüência entre os jovens da classe inferior, manifestações contra as injustiças dos homens, a perda de perspectivas humanitárias do velho Estado de Direito, agora globalizado e cujo Poder é comandado pela força das armas, do narcotráfico e do capital financeiro internacional? 

Entre realidades virtuais, games, sites de relacionamento, crimes cibernéticos pela internet, a humanidade caminha para o Estado total, absoluto, capitalizado pelo "e-govern", do neoliberalismo  globalizado, regido pelos mercados de internacionais e pelas tecnologias da informação e da comunicação.

Caminhante das cidades, vilas, avenidas, ruas e vielas, assistimos à confirmação do dito de que a história só se repete como farsa. Então debruçamos sobre o pensamento do judeu Karl Marx e constatamos que o grande embate do capitalismo continua e ainda é a luta de classe, o que muda é o campo de batalha, o front. No estado policial temos sutis diferenças, como mostra em uma de suas publicações sobre a violência, a escritora, socióloga e professora universitária, Maria Victoria Benevides. Para ela:
 
A diferença entre o bandido e o policial para a comunidade em que se inserem,  é de que um utiliza a arma  ostensivamente e o outro de maneira oculta; ambos são  traidores de classe (pobres trabalhadores, são suspeitos os como criminosos, nas rodoviárias e nas ruas da cidade).


Utilizo esta reflexão de Benevides, em reportagem especial, publicada no jornal Tribuna de Minas, em Juiz de Fora, em 1985, nas comemorações festivas da Polícia Militar. Repórter "foca", alimentava esperanças de uma políca mais justa e, na busca da verdade, exercia minha profissão (repórter) com ética: meu trabalho servia ao público e não à polícia enquanto instituição. Por estas palavras fui chamado ao comando da PMJF e, em virtude do apreço e da ética do coronel José Alaim Lopes, então coronel comandante daquela corporação militar, pude expor minhas idéias e até mesmo sugerir a sensibilização maior da tropa, citando o Japão como exemplo, onde  existem os policiais de quarteirão, que, através da prática diária do ikebana (arranjos florais)  desenvolvem a sensibilidade e o afeto no trabalho com o público. O coronel imaginou que eu sugeria transformar a tropa em homens afeminados.

Foi um sonho, mais uma retórica vazia de significados; a realidade concreta, cartesiana, tecnocrata, escapa aos nossos desejos de poeta e loucos.

Espero que os homens de bem, com sensibilidade e inteligência, substituirão a  arrogância, a prepotência e a truculência, companheiras do ódio e das violências, pela solidariedade, pelo amor, compaixão e respeito por seus semelhantes. Então, a função policial será menos perigosa e o crime irá recuar (Tóquio registra índices baixos de criminalidade) somando-se a valorização e eficaz ação pública da educação pelo afeto humano. 
Ao Estado caberá o gerenciamento e controle ético dos bens e necessidades dos indivíduos civilizados, como prestador de serviços ao público trabalhador que o mantém com impostos e taxas.


Que fique na triste memória do passado as covardias praticadas nos porões da ditadura militar, com as torturas físicas e morais, que tantas vidas ceifaram, dizimando famílias, comunidades de trabalho; assassinando crianças e jovens, inocentes idealistas. 


Que indigna história escreveram líderes totalitários como os Césares romanos, os líderes religiosos, os nazistas, os comunistas ortodoxos, e hoje o capitalismo selvagem que sobrevive por meio da pobreza e miséria de povos menos desenvolvidos.


No Brasil dois episódios, entre milhares, marcaram a perigosa profissão de jornalista.
No primeiro, o jornalista Vladimir Herzog que em outubro de 1975 foi preso e torturado nos porões da ditadura militar brasileira, no DOI/CODI do Segundo Exército, em São Paulo, vindo a morrer. Sua morte foi anunciada à sociedade, numa farsa montada para ser um suicídido por enforcamento na cela. O ridículo da cena montada foi desvelado pela fotografia do cenário macabro: os despojos da carne do homem, amarrados nas grades da janela da cela, ajoelhado com uma cadeira ao lado. 
A inteligência dos militares se baseava no poder de seus coturnos, fuzis, máquinas de tortura física e moral e retaguarda policial. 
Na internet não faltam homenagens a Vlado, como essa no YouTube.

No segundo episódio, a ditadura militar já estava branda, a violência do poder ganhava novos contornos. O Brasil se propagava como país de grande riqueza econômica e potencial de investimentos de capitais internacionais. Foi então que outro crime contra jornalista abala a sociedade brasileira e leva o apresentador do Jornal Nacional às lágrimas com o assassinato, sob tortura, de um de seus repórteres especiais, a diferença é que neste caso seus algozes eram bandidos do narcotráfico, residentes em favelas do Rio de Janeiro. 
Entre junho e julho de 2002 o jornalista Arcanjo Lopes do Nascimento, o Tim Lopes ,foi torturado e assassinado de forma brutal por traficantes que o julgaram e sentenciaram por "deduragem", traição, ao registrar cenas de uma "festa funk" em que drogas e prostituição infantil, confirmavam o poder do narcotráfico, que domina o cenário do crime organizado, o que foi denunciado pelo jornalismo da Rede Globo de Televisão, como reportagem de denúncia; e esta empresa, sabendo do perigo,  o que fez?
 
Veja o que pensa a colega do Tim Lopes naquele perigoso trabalho jornalístico, que lhe rendeu prêmios de reportagem e uma vida de pesadelos:

Reportagem publicada pelo Knight Center das Universidades de Austin e Texas, disponível em: Jornalism in the Americas; acessado em 15 de julho de 2011.


Jornalista brasileira acusa Globo de negligenciar proteção a Tim Lopes

Tim Lopes ganhou site e homenagem dos colegas jornalistas do Jornalismo da Globo. A vida continua para os que sobrevivem. E mais uma vez está confirmado o mote: "jornalista só é solidário no câncer". A solidão faz parte do crescimento pessoal, bem como o aprendizado da solidariedade e do amor.

A traumática experiência de quase ser preso nos portões de um Centro de Saúde, prefiro evitar as manchetes sensacionalistas, as denúncias vazias, em busca de uma ação eficaz. Volto-me à reforma do ser: Este é o foco. 
O que podemos fazer nestes tempos de homens estúpidos e hipócritas senão voltar para o nosso Eu profundo, percorrer as sendas escuras em busca da luz, de nosso refúgio espiritual, da evolução pela reforma de nosso caráter moral, daí, trabalho pelas crianças do futuro, meus netos, bisnetos...Possa surgir uma ação cultural transformadora do ser humano e que sejamos felizes e mais simples, como as crianças, os pobres, os humildes de coração e não existam pelas ruas tantos miseráveis catando sobras do lixo, entregues à própria sorte.



Acredito no clamor de liberdade do avanço do conhecimento pela internet... que os soldados Nascimentos possam pensar no amor ao próximo, aprendam com Paulo Freire o "aprender a aprender" , e, assim, possam constribuir para a reforma da vida pelo seu potencial cognitivo, exercitado por cada indivíduo e sua massa cerebral, sustentatada por 100 bilhões de neurônios em conexões permeáveis. 
Como disse o cientista brasileiro Miguel Nicolelis, a plasticidade do cérebro humano é imensa e podemos compará-la a uma orquesta sinfônica, em que os instrumentos se transformam na medida de como os utilizamos:  se tocamos só uma corda do violino, ele se transforma em um berimbau; se batemos em uma só tecla do piano, este se converte em um bumbo, e assim por diante.


Vítimas viram mártires, canonizados santos e cultuados em templos e feiras religiosas; até Jesus é subproduto nos shophing centers da fé. 
A ciência observa e registra, como nós e-jornalistas, modestos blogueiros, o fazemos. Junto à "Evolução das Espécies" de Charles_Darwin, acrescentamos a "Revolução Cultural" das comunidades humanas, que depende da organização e de processos educativos libertários, que circulam nas redes virtuais.

A Reforma já começou, hasta la vitória!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

@NONADAs: http://www.ritalee.com.br/blog/?p=350


Salve! Jaak Bosman, criador da poemagem, deu uma força para que eu subisse essa imagem, na onda da POEMAGEM.

Um dos "Caras" da história da publicidade em Belo Horizonte, Jaak Bosman deixou o tempo material do "ter" pelo essencial momento de"ser".
Bem foi o sentimos em sua oficina sobre POEMAGEM,  no Centro Cultural Padre Eustáquio, poucos participantes, mas o mínimo foi o máximo.
A brincadeira que Jaak criou com um software de edição de imagem é arte sem conceito, é conceito de arte sem arte, o vazio, a qualidade do que é perene, o grão que "morre nasce trigo", o cão vira lata que sobrevive a qualquer intempérie e vive do que tem por perto; com saúde e sabedoria da malandragem para sobreviver na rua quando seu dono não tem teto.


@NONADAs: http://www.ritalee.com.br/blog/?p=350.

terça-feira, 3 de maio de 2011

A Religião do Eu, Tu, Ele

SER E SENTIR O SER

O sentimento não se define, sente-se, como no ar que respiramos nos vem o seu olor ou odor que a realidade imediata exala. Assim acontece na passagem de nosso caminhar pelas vias urbanas, ou por estradinhas tortuosas, sinuosas de terra batida, nas roças Gerais.

Há diferenças no sentir? Cada ser percebe o mundo que o aturde com as ferramentas cognicitivas que posssui, ou adquire na construção de sua subjetividade terrrena.

Porém, além do que vejo, sinto e manifesto ao exterior do mundo que habito, há uma experiência única, a se compartilhada, na medida em que o outro dá sentido à minha existência ("o verbo se faz carne") na transmissão e recepão de significantes e significados gestuais, verbais, atitudes de corpos que, no instante da fala ou do silencio compartilhado, traçam veredas de pensamentos, que transcendem a orla do estar e do ser.

Se "Eram os Deuses Astronautas", como expressou o autor do Best Seller, sucesso editorial nos idos de 1969; ou se o calendário dos Maia contém verdades que serão comprovadas em 2012, como mostram sites e uma boa parte da literatura apocalíptica, pouco importa, se nada sabemos.

Garantir a salvação, a fé e pensar Deus é o desafio a que me proponho enquanto ente individual; compartilhar este pensamento através de uma crença absoluta não compete com a natureza de meus propósitos.

Os Vedas deixaram para os povos primitivos uma escrita que sobrevive há milênios à nossa produção cultural ocidental, lógica, racional, inteligente.

"Os riks (mantras dos Vedas) alcançaram a mais alta realidade, o vazio mais luminoso, onde todos os deuses estão firmemente estabelecidos. Se alguém não sabe disso, a mera entonação dos riks não servirá para propósito algum. Os riks residem no Imutável, Supremo Espaço Celeste onde todos os deuses estão sentados. O mantra não tem utilidade alguma para aquele que não sabe disso"

A verdade é como a luz; pode nos cegar ou iluminar nossa consciência. Mas não penso que a luz rutilante que se produz por meio das tecnologias da informação e da comunicação nos trará a revelação, a iluminação, pois elas se confundem com o poder econômico e político e, nem sempre, inclui o diálogo, do livre pensar , oposto ao pensamento único que gere as decisões de partidos políticos, grupos econômicos e religiosos dominantes no mundo da globalização.


Então, mesmo que seja ateu, posso pensar numa religião universal que inclua o Eu, Tu, Ele, numa proposição compartilhada por tod@s pessoas do planeta Terra, em sincronia com o espaço local de convivência e a totalidade da consciência humana.



sexta-feira, 22 de abril de 2011

Leonardo Boff e a santa semana.

Sai para passear com meu cão, que aliás era de minha filha, que casou, mudou de casa e agora vem com seu filho brincar com seu velho amigo "Duque". Então, nessa caminhada com o fiel companheiro encontrei um livro abandonado, sujo, alquebrado, ao léu, num monte de lixo. Apaixonado por livros, tomei-o nos mãos e levei prá casa onde o recuperei do abandono.
Para espanto meu a publicação trata da História da Dogmática Salvática, antes de Cristo. Um dos tomos de uma coleção voltada para um curso de Teologia, orientados pelo Dr. Leonardo Boff.
Ateu cristão, como  meu amigo Saramago, deixei o livro a espera do seu dono ou do momento de sua leitura, enquanto continuo na busca pessoal do encontro comigo mesmo, a passar por estudos da espiritualidade, espírita, budista, hinduísta, védica e cristã.
Respeito os indivíduos que se dedicam ao trabaho espiritual de doar, da caridade, pois aqueles que só querem receber pouco terão. Igrejas e missionários buscam seu rebanho, prefiro pensar Deus, como disse Jung. E estudar com atenção aqueles que praticam a fé com justiça e sabedoria. Cito como exemplo o entalhador da palavra divina, Leonardo Boff e, sem querer julgar fanatismos e oportunismos das falsas seitas que oferecem a a salavação pela espiritualidade, prefiro cuidar do cãozinho, das plantas e daqueles que precisam de minha ajuda.
O livro encontrado no lixo pode ser a chave para esta porta que me aprisiona na solidão do "Eu" egoístico, que tem esperança e, às vezes fé, pois esta porta, que mantém minha mente obscura ante injustiças e sofrimentos, tem a fechadura por dentro.
Ops! "Tinha uma pedra no meio do caminho" do Drummond e ele iluminou a mente humana com sua poesia. Isso me faz acreditar que o livro velho, abandonado, refeito e acariciado pro minhas mãos poderá trazer a paisagem poética ante minhas vistas cansadas, cerradas pela melancolia, depressão, desemprego de quem busca inventar o trabalho em harmonia com a Terra Mãe e o Céu, Pai do Universo.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tertúlia: Assembléia literária

  Tertúlias: Tólstoi. Destaque em canal do You Tube


  Leo Tolstoy  ( 09 de setembro de 1828 - 20 de novembro de 1910 ), ou Conde Lyev Nikolayevich Tolstoi, escritor, pensador russo, considerado um dos maiores romancistas do mundo. 
- Fonte:<http://en.wikipedia.org/wiki/Leo_Tolstoy>, acessado em 25/02/2011.

A literatura permite-nos criar imagens em nossa própria imaginação, utilizando nossa estrutura cognitiva, sensorial e intrumental, que diz respeito ao conhecimento e à prática de nossa língua.


Tropeço - Ops! - com estas lições de imagens contidas nas narrativas escritas de Leon Tolstói , que, segundo Boris Schnaiderman, tradutor das obras de Tolstói, conta com 90 volumes, em sua maioria diários.
Schmaoderman foi convidado da série "tradutores", do projeto "Tertúlia - Encontros da Literatura, que são transmitidos ao vivo pelo Portal canalsescsp do Sesc Pompéia.


"A palavra pode unir os homens, a palavra pode também separá-los, a palavra pode servir o amor como pode servir a amizade e o rancor. Livra-te da palavra que pode provocar o ódio."


"Lev Tolstói em Yasnaya Polyana", de 1908.Primeira fotografia a cor na Rússia.                                             Fonte:<http://www.utoronto.ca/tolstoy/colorportrait.htm> 

Commons: Valor candidatos image / LNTolstoy Prokudin-Gorsky.jpgWIKIMIDIA COMMONS